Popular no Brasil, a origem da geleia é incerta.
Há quem acredite que fazer as compotas de frutas foi a maneira que os árabes encontraram de conservar por mais tempo o alimento. O intuito era usar as geleias para fins medicinais, já que as frutas são capazes de ajudar no tratamento de diversas doenças. Outras versões dão a autoria da geleia a Leonardo Da Vinci, isso porque em seu livro de receitas, Notas de receitas de Leonardo da Vinci, está presente o passo a passo da geleia de marmelada de couve. Outros acreditam que o verdadeiro autor da delícia é Nostradamus, o médico da Renascença. “A verdade é que ninguém sabe ao certo qual é a verdadeira história”, afirma a chef Valéria Belomo, sócia-fundadora da Lella Food, marca de comfort food.
O que sabemos é que em 1790, no sul da França, algumas mulheres que estavam cozinhando maçã precisaram parar o que estavam fazendo para se proteger de uma tempestade. Quando retornaram ao trabalho, no dia seguinte, notaram que o concetrado de maçã que haviam feito estava como gel em suas panelas. O produto foi aproveitado em doces e as cozinheiras notaram que a durabilidade dos alimentos aumentou. “Após essa descoberta, a indústria de geleias e doces tomou outro rumo, produzindo sabores naturais e com maior validade”, conta Valéria, que é especialista na técnica francesa.
O geletificante natural descoberto, cientificamente chamado de pectina, é uma fibra solúvel que garante mais sabor e leveza às geleias. Em contrapartida, técnicas industriais apostam na pectina em pó juntamente com outros ingredientes químicos. Mas a crescente demanda por produtos artesanais tem incentivado a produção 100% natural.
Fonte: revistacasaejardim.globo.com