O arroz doce é uma receita de origem asiática.
Na Índia, por exemplo, é comum encontrar arroz com açúcar em preparações de pratos típicos dos casamentos hindus. Na Tailândia, ele leva coco e é servido com fatias de manga e pouquíssimo açúcar.
O arroz doce acabou chegando à Europa por volta do século XIII. Depois, aportou em terras brasileiras via Portugal. Aqui ele chegou polvilhado com canela. Na época do Império, no Rio de Janeiro, as pessoas ricas, a maioria de origem portuguesa, faziam vários pratos da terrinha e uma de suas sobremesas preferidas era justamente o arroz doce. No Brasil, o arroz doce adquiriu ainda outras variações, como o uso do leite condensado, que lhe conferiu mais sabor e doçura e também o uso do doce de leite.
O arroz doce não é apenas uma receita de avó para netos, ele é carro-chefe de restaurantes bem conceituados e padarias gourmets. Proprietário do Camila’s, restaurante de comida brasileira nos Estados Unidos, Alex Alencar afirma que a sobremesa já tem tradição na casa. São quase 25 anos preparando arroz doce diariamente. “Temos clientes que gostam dele quentinho e outros dele gelado. Apesar de ser uma receita simples, damos um toque especial no preparo”, conta o empresário, sem revelar o segredo da casa.
Venha experimentar essa delícia!
Fonte: camilasrestaurant.com
A tradicional Canja de Galinha
A tradicional Canja de Galinha. Segundo alguns escritos a canja é de origem indiana e possivelmente transmitida através dos Colóquios de Garcia da Orta. Este refere “…o caldo de arroz, ou canja…” que aprendeu com a sua mais importante serviçal e cozinheira Antônia.
O seu sucesso deve-se, naturalmente, à sua simplicidade, é assumida como elemento alimentar fundamental para recuperar a saúde.
Ainda hoje é costume ouvir que “Cautelas e Canja de Galinha, nunca fizeram mal a ninguém”.
A sua origem poderá encontrar-se numa sopa de arroz da Índia, peze, à qual se juntavam umas ervas.
Posteriormente juntou-se-lhe a galinha, receita que ainda hoje é comum em Goa. A própria canja, simples, provocou variações como a sopa “S. Francisco Xavier” que é uma canja consistente, mas picante.
Basicamente a canja é constituída por uma sopa rala de arroz, com temperos, e o seu elemento tradicional, que é a galinha, ainda hoje se mantém por aquelas áreas.
Os produtos, arroz primeiro, e galinha depois, acabam por cozer ao mesmo tempo Junta-se frequentemente cebolinha para finalizar.
Mais recentemente assistimos à substituição do arroz por massinhas, mas continuando sempre a ser uma sopa aguada.
O seu consumo sempre esteve associado ao equilíbrio alimentar e regenerador de saúde.
Mas não só. D. Pedro II, Imperador do Brasil, não abdicava de consumir diariamente a sua canja, até nos intervalos de espetáculos. Segundo relatos do escritor R. Magalhães Júnior, o Imperador quando assistia aos espetáculos saboreava “uma canja quente entre o segundo e o terceiro ato, que só começava, por isso mesmo, ao ser dado o aviso que Sua Majestade terminara a ceiazinha”.
Fonte: www.virgiliogomes.com